Num Dia dos Pais, Chorei muito!

Já passados uns quatro anos talvez... Perco-me sempre no tempo!
E isso tem sido um problema, esqueço datas, aniversários e tantas coisas...

Foi num dia dos pais, na escola de meu filho: um sábado logo cedo, era bem cedinho mesmo, 7:30h da manhã. Naquela época seriam 7:30h da madrugada...

Estávamos, todos os pais presentes, com roupas leves apesar do frio.

Sentamo-nos na quadra enquanto as crianças foram levadas para outro ambiente. Havia vários cartazes enormes pendurados em varais.
Lembrei-me de que, dias antes, meu pequeno pedira para que eu me deitasse sobre um pedaço de papel pardo, daquele de embrulhos, um pouco maior que eu. Ele desenhou o meu contorno enquanto mandava abrir os braços, fechar as pernas e dando milhares de orientações.

Quando questionei por quê, disse que era uma surpresa...

Aguardei pela surpresa.

Estávamos então sentados, olhando os vários "pais" pendurados...
A Coordenadora da Educação Infantil então, orientou para que tentássemos encontrar nossa "imagem", porém não poderíamos olhar o verso que estava repleto de fotografias coladas.

Era uma confusão de pai prá cá, pai prá lá, todos procurando pelo sinal de que aquela deveria ser sua "imagem".

Enfim encontrei... Estava um pouco mais magro do que sou em verdade. Havia também um triângulo invertido no peito com um S muito grande por dentro. Emocionou-me a referência...

Assim que todos os pais encontraram suas "Imagens", a Coordenadora pediu que nos sentássemos novamente e começou a recitar o Epitáfio dos Titãs.

Lágrimas começaram a brotar... não percebi se outros pais também lacrimejavam... havia vento frio?!

Finda a recitação, ouvimos a canção e as crianças vieram ao encontro dos pais.

Cantavam:

"... la caso vai mi potegê i eu distaído..."

Chorei com o pequeno sentado ao colo!
Abracei-o como se não o visse há muito ou como se fosse deixá-lo prá sempre!

- Tá chorando, pai?! Por quê?!

- O papai está emocionado, chorando de felicidade porque te amo demais!

- Te amo também! Então vou chorar junto!

Choramos, os dois... como se fôssemos um só!

E por muito tempo, ao ouvir os primeiros acordes daquela canção as lágrimas brotavam sem aviso e sem chances de contenção!

Hoje, emociona-me ainda... e muito!

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