¿ Herencia de una vida ?

Lembro-me de uma frase que me foi dita, em verdade foi endereçada à todos que ali estavam:

- "Há mais mistérios entre o céu e a terra do que a vã filosofia dos homens possa imaginar"

Lembro-me do contexto, faz já tempo demais isso. Estávamos em muitos naquela sala grande, alguns sentados nos sofás espalhados (bem arrumados, por sinal), outros sobre almofadas e ainda outros sentados no chão mesmo. Havia pessoas em pé, não sei dizer quantos ou quem eram ao certo; lembro-me das primas que estavam alí também. Éramos pequenos, eu era um dos menores, apesar do filho da prima que estava ali também.

Éramos em muitos! Éramos muitos alí.

Do nada, surge a figura conhecida por todos e declama a frase de Willian Shakespeare. Ouviu-se o silêncio! (como se fosse isso possível!)

Sempre assim; causava espanto e admiração por onde passava. Fosse o banqueiro ou o jornaleiro, todos o conheciam pelo nome. Era querido e sentia-se bem por isso.

Fez na vida o que bem entendeu, nunca furtou-se ao pequeno prazer de levar um dos netos ao colo, olhá-lo nos olhos e perguntar:

- Quem é o lindo do vovô?!

Toda manhã, saía em busca do jornaR (assim mesmo!), trazia o pon e chamava-a por Querida! Nunca, se bem me lembro; nunca tratou-a por outro nome além de Querida!

E não serei eu, aquele que viveu por mais tempo longe, quem saberá de mais detalhes. Tenho na lembrança as coisas boas, os sorrisos, os abraços, os afagos, os carinhos, os olhares e uma saudade imensa.

Aprendi com ele que os livros são mágicos, que as letras são vivas!

Tomei dele, por herança, o gosto pelas letras! E acho que a maioria dos netos também! 

Mais que a casa sempre aberta para visitas, o coração era um poço sem fundo onde cabíamos todos ao mesmo tempo e cada qual à sua maneira.

Só o ví chorar 2 vezes, não que fosse "durão" mas por ser sempre alegre e contagiar com alegria...

Tinha muitos amigos e companheiros fiéis.E estou certo de que ainda hoje é lembrado com carinho por muitos deles.

 Tenho muito para falar não... Muitas saudades, muitas mesmo!

MIssão

Custou-lhe perceber que a missão nem sempre precisa ser comprida para estar cumprida!


*** Ju, um beijo!

Caetaneando

E se o céu rompesse uma abóbada abobada? Seria ainda um céu! E a abóbada, abobada ou não, seria ainda uma abóbada.

Abobados que somos, não somos céus nem abóbadas.

Pode ser isso tudo...

... Ou Não!

Barbear

Deixava o filho vê-lo enquanto barbeava-se. Foi assim por um bom tempo, por vezes pintava-lhe a ponta do nariz com espuma.

Viu-se velho quando ensinou-o a maneira correta de usar o barbeador!

Help Desk

- Help Desk, bom dia!
- Estou com problemas no computador.

- Por favor, feche as janelas.
- Peraí...

Pláft... pláft

- Posso acender a luz? Tá escuro!

Tuu tuuu tuuuuuuuuuuuuuuuu  - Mereceu!

Vegetariano

Dizia que se andasse, não comeria...
... tadin... morreu virgin...

Alheia

Desfez-se
ruiu-se pele afora
extinto
sumido e
alheio.

Era já outro
que não o
mesmo
por muito
tempo já.

Era ainda
igual
na
essência;
nunca soube de si
por si mesmo
sempre foi
a pintura que
se deixou
pintar sem
ver-se ao espelho.

Estava só
e sozinho
ficou
já não havia
nem mesmo
reflexos.

Deixou-se levar
isento de culpas.

Nunca fizera
coisa alguma
por si só
culpar-se? Nunca!
A culpa sempre
foi alheia como
alheia foi
a existência (?)

Taí, tá vendo?!

Nunca tinha pensado nisso:

O feissbuque é um trem di matá sódade, sô!

Né só safadeza não! Viu?!

Divagação

Depois de muito tempo sem postar, tenho vontade de pensar escrito!

Muito me espanta, em dias de hoje, empresas que deveriam preservar clientes agindo em verdade na preservação delas mesmas. Foco no consumidor no ecziste (como diria Pe Quevedo). 

Quantos e mais quantos jovens são lançados ao mercado de trabalho depois de 4 anos / 8 semestres "gastos" em cursos de Adm ou MKT e as empresas não mudam. Cadê esses profissionais recém-formados? 

Ahhhh vendendo HotDog ou trabalhando em TI...



Adaptação

Quando nasceu concebeu a essência, conheceu o sentido mais amplo e verdadeiro.

Percebeu que tudo muda, todos mudam, o mundo ainda que mudo; muda!

Soube de si e dos outros, ainda os mesmos e tão diferentes...

Entendeu, por fim, que cada mudança é necessária, ainda que indesejada e tira daí a conclusão da concepção da essência: adaptar-se.


*** Eliana, um beijo!