Alheia

Desfez-se
ruiu-se pele afora
extinto
sumido e
alheio.

Era já outro
que não o
mesmo
por muito
tempo já.

Era ainda
igual
na
essência;
nunca soube de si
por si mesmo
sempre foi
a pintura que
se deixou
pintar sem
ver-se ao espelho.

Estava só
e sozinho
ficou
já não havia
nem mesmo
reflexos.

Deixou-se levar
isento de culpas.

Nunca fizera
coisa alguma
por si só
culpar-se? Nunca!
A culpa sempre
foi alheia como
alheia foi
a existência (?)

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